A história de São Sebastião das Três Orelhas

A história de São Sebastião das Três Orelhas faz parte da história de Gonçalves, pois o bairro foi o primeiro núcleo habitacional do futuro município, muito antes da emancipação política e separação de Paraisópolis, cidade a qual Gonçalves pertencia.
Uma das peculiaridades de São Sebastião das Três Orelhas é ter o seu próprio cemitério, onde estão os túmulos das famílias pioneiras. A história do nome do bairro tem várias versões, todas contadas oralmente e cujas origens já se perderam no tempo, mas todas elas estão reunidas no link "O nome" abaixo.

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 História

Muito antes de a história acontecer nas terras que hoje conhecemos por Gonçalves, nascia em Portugal Policarpo Teixeira de Andrade de Queiroz, em 26 de janeiro de 1808, na cidade de Advire. Criado pelo seu tio Joaquim José de Queiroz, adquiriu uma boa formação em letras e manipulação de fórmulas. Aos dezessete anos, interessado nas riquezas de Minas Gerais, veio para São João D’el Rei, em busca de ouro, fortuna e tudo que ouviu dizer sobre a Colônia.

Quando Policarpo chegou ao Brasil em 1825, deixando para traz a tradição de sua família, encontrou as reservas de ouro se escasseando. Mudou-se para Vila Nova de Itajubá em 1834e casou-se em 1837 com Felizarda Thomazia de Amaral. Felizarda era filha natural do Padre Lourenço da Costa Moreira, o primeiro vigário dessa freguesia e um de seus fundadores. Em 1841, Policarpo mudou-se para Silveiras numa fazenda que comprou com o dinheiro que economizou durante anos, somado com o da herança de sua esposa. De casa nova, Policarpo criou seis filhos: Luiz, Francisco, José Policarpo, Felizarda, Joaquim e o caçula Policarpo Junior, que herdaram de seu pai a mesma herança de Portugal.

Policarpo não educou apenas filhos, educou líderes comunitários que mais tarde fundariam um partido liberal em Pouso Alegre. Nos anos de 1873 a 1877, Policarpo Junior presidiu o partido e fundou o jornal liberalista “O Mineiro”, juntamente com seus irmãos Joaquim e Luiz. O partido se extinguiu quando Policarpo Junior adoeceu e foi se tratar em Penha do Rio Peixe (hoje Itapira). Durante sua recuperação, Policarpo Junior fez e cumpriu uma promessa a Nossa Senhora das Dores; doou seis alqueires de terra da Fazenda Rio Manso, situada na divisa entre Minas e São Paulo, para construção de uma capela. Em 1878 a capela já estava construída (onde atualmente é a capela de São Sebastião das Três Orelhas) de sapé e taipa, foi transferida em 1897, por sentença judicial, para as margens do rio Sapucaí local da atual matriz. Sua transferência se deu, pois houve discórdia entre os primeiros moradores e herdeiros da fazenda.

Residiam no local, onde a capela foi construída, três colonos mestiços e solteirões denominados Mariana Gonçalves, Maria Gonçalves e Antônio Gonçalves que não deixaram herdeiros, mas legaram seus nomes a capela conhecida popularmente como Capela das Dores dos Gonçalves. O pequeno povoado, que se formava entre serras, tinha pessoas empenhadas para o seu desenvolvimento, um deles era o Capitão Antônio Carlos que junto a Bueno de Paiva, elevou Gonçalves a Distrito da Paz, trouxe a Agência dos Correios e o Cartório de Registro Civil além de lavrar em ata a fundação da Lira Nossa Senhora das Dores em 1909. O povo de Gonçalves então passou a contar com instrução musical, que divulgou o lugar atraindo novos moradores.

O distrito começava a crescer formando os primeiros estabelecimentos comerciais. A construção do alicerce da atual Igreja Matriz foi iniciada em 1920, por iniciativa das famílias Gonçalvenses, que buscavam com carros de boi, maciços blocos de pedra da região. Seu desenvolvimento foi retardado, como em todas as cidades da divisa de Minas com São Paulo, devido às revoluções de 1928, 1930 e 1932. No ano de 1949 foi concluída a reforma da igreja com a construção de uma torre com estilo moderno. Sua inauguração foi anunciada através do megafone e de impressos distribuídos entre os moradores.

Fonte: Prefeitura Municipal de Gonçalves www.goncalves.mg.gov.br

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 O nome

  • A primeira vem do nome da cadeia de montanhas onde se encontra o distrito, conhecida oficialmente por "Serra das Três Orelhas", que por sua vez faz referência aos três picos desta serra: a Pedra do Forno, a Pedra Chanfrada  e a pedra do Barnabé.

  • A segunda, dita como a verdadeira pelos moradores mais antigos faz referência a uma história local, segundo a qual havia um morador dono de algumas terras que tinha um colono que tirava muita coisa do seu pequeno pedaço de terra. Um dia esse colono abateu três dos seus porcos e separou os pedaços. O dono das terras viu as carnes e propôs ao colono que lhe vendesse as seis orelhas de porco, esse recusou (regateou, como se diz em Minas) e após muita negociação concordou em trocar somente a metade das orelhas por um pedaço de terra.  A história das "Três Orelhas" correu e o nome passou a identificar o lugar. Mais tarde foi erguida a capela, dedicada a  São Sebastião, a partir daí a capela passou a ser referenciada como a "capela de São Sebastião" das "Três Orelhas".

  • Entre os antigos moradores locais ainda persiste o nome anterior do bairro, que era chamado "Capelinha" em função da antiga capela que existia antes da construção da igreja atual, que é de 1928.

  • Em 2009 foi concluída a urbanização do bairro com a reforma da praça, que antes era de terra e agora está bloquetada, com canteiros e não permite mais o trânsito de veículos em volta da igreja. As fotos abaixo são do início de 1996 e mostram como era o bairro naquela época.

  

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